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  • Foto do escritorThiago Oliveira

A beleza de Tomie

Atualizado: 7 de mar. de 2023



Esse texto é um complemento a minha análise sobre algumas outras obras do Junji Ito, considere a leitura posteriormente: https://kouga845.wixsite.com/website/post/o-horror-de-junji-ito


No Japão, ao contrário do ocidente, a obra mais conhecido de Junji Ito é Tomie, que começou a ser publicada em 1987 e rendeu o prêmio Kazuo Umezu (reconhecido mangaká de horror, que pretendo falar sobre em outros texto) para o Ito.


Tomie é a história de uma menina muito bonita, provocante e um tanto perversa, ela sempre faz de tudo para que os homens gostem dela, se apaixone por ela e quando eles caem em amores, ela os rejeita.



quando esses homens se sentem rejeitados ou quando se sentem muito envolvidos por ela, todos eles têm a mesma atitude que é a de assassiná-la, eles esquartejam a Tomie, eles fazem ela em pedaços, cortando ou até triturando, mas depois disso ela sempre retorna, ela sempre volta de qualquer pedaço dela (um mínimo que seja) cada pedaço vira um nova Tomie, e como já era de se esperar, isso é retrato de maneira muito gráfica e grotesca, mas nem sempre essa é a realidade, o capitulo sobre os cabelos por exemplo, a personagem não aprece diretamente, apenas o seu cabelo e as vitimas são meninas.


Já em outro, a vitima é um garotinho de mais ou menos 10 anos, nesse capitulo a tomie já se encontra ferida no começo, se regenerando com o passar do tempo e com o contato com esse garoto, aqui a personagem se passa pela mãe do garoto, ao ponto que o mesmo não reconhece mais a verdadeira mãe



no final a personagem simplesmente some.


Como disse acima, cada pedaço da Tomie se regenera e vira uma nova, e elas aparentemente se odeiam e tentam matar a outra indiretamente, seduzindo homens para que eles comentam o crime


Todo esse mistério em torno da personagem me deixou bastante integrado a cerca do que é a Tomie, e o mangá deixa isso vago, não é retratado em nenhum o momento as origens da personagem, na minha opinião ela é uma entidade com as característica regenerativas de uma estrela-do-mar, já que cada pedaço da personagem (cabelo ou até mesmo sangue) é capaz de regenerar e se tornar uma.


Como é a maior obra do Ito, sendo publicada de 87 até 2000, é possível ver a evolução do autor, tanto como desenhista, quanto escritor



(comparação entre um quadro do primeiro capitulo e um do capitulo dezoito)


os primeiros capítulos, são um pouco mais feios e possui uma leitura mais chata, por mais que te envolva em vários momentos.


O que mais me impressiona é que conforme o leitor continua a conhecer a obra, ele mesmo acaba se apaixonando pela protagonista, a beleza da personagem quebra as barreiras da segunda dimensão e vidra a percepção do consumidor, isso tudo acompanhado com a curiosidade em saber o que vai acontecer com a personagem


(o autor do texto sempre que a Tomie aparece)


Por fim, toda essa situação de uma beleza fora do normal que apaixona qualquer um, me lembrou o capitulo três de Uzumaki, onde a acompanhamos uma situação parecida, claro que lá tudo se desfecha no centro de uma espiral



Tomie é um otimo mangá, por mais que não seja tão impactante quanto Uzumaki, recomendo fortemente a leitura e desafio não se apaixonar também.


Como já havia dito, tenho a intenção de escrever sobre Silent Hill, mas não tenho previsão de quando o texto será publicado, já que os jogos são complexos e requer um tempo para estudo e interpretação, nesse meio tempo eu devo continuar publicando sobre animes e mangás.


Agradeço muito por quem gastou um tempinho lendo, muito obrigado mesmo.


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