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  • Foto do escritorThiago Oliveira

Shin Megami Tensei V



Depois de muito tempo sem escrever nada, finalmente eu saio da pausa para comentar sobre esse jogo que estava muito ansioso para poder desfrutar, mas antes de conversamos, vale fazer algumas observações:


Obs: Todos os meus textos anterior ao Rule of Rose, estão sem imagens/vídeos, isso por quê a Wix agora cobra uma mensalidade para armazenar uma certa quantidade de conteúdo, me recuso a dar dinheiro para esse site canalha e mercenário, então, vou reeditar os texto para adequar ao novo formato e usar menos conteúdo visual nesse texto, peço um pouco de paciência.


Obs II: Criei um perfil no Letterboxd e no Backloggd, gosto muito de manter um registro sobre as mídias que consumo durante o ano, esses sites são incrivelmente uteis para isso, segue meus perfil, caso alguém queira seguir:


Obs III: Caso seja de interesse, já tenho outros textos sobre Shin Megami Tensei:


Obs IV: Shin Megami Tensei V é muito inspirado em Nocturne, então vou acabar fazendo muitas comparações.


Obs V: O Jogo possui muito simbolismo, então vou abrir um tópico só para falar sobre, toda vez que aparecer asterisco ao lado de uma palavra, significa que ela vai ser comentado mais a frente


2021 foi um ano que eu consumi muito conteúdo relacionado a Megami Tensei, joguei a maioria dos jogos, vi vários vídeos, li muita coisa, principalmente fiz muitas amizades por conta da franquia, entre elas uma muita especial, que eu converso quase que diariamente, foi um ano em que ponto forte para mim foi Smt, mas não consegui jogar SmtV no seu lançamento, não tinha Switch na época e não consegui comprar. O switch só veio esse ano (2023), finalmente pude jogar a obra e apreciar seus pontos positivos e negativos, adianto que gostei demais da experiência e me diverti muito com que o jogo apresenta, porém, vamos por partes.


Parte I: Enredo (sem spoiler)


"Todas as fontes do grande abismo se romperam e as janelas do céu se abriram. Nesta era sem luz e de corrupção, ansiamos pelo amanhecer de um novo messias."

—Trailer de anúncio de Shin Megami Tensei V



O jogo se passa em Tokyo, nós dias atuais, controlamos um estudante (nomeável) que ao pegar um caminho alternativo para o seu alojamento, acaba indo parar em uma versão de Tokyo em ruinas e com demônios, antes que fosse atacado, o jovem é salvo por um homem chamado Aogami, que sugere que os dois se junte para sobreviver a aquele situação, dessa fusão nasce um Nahobino.


Aogami, explica que aquele lugar se chama Netherworld (Makai, no original japonês) ou Da'at*, que houve uma grande guerra entre a lei e o caos, mas que ele não possui as memorias de todos os eventos, sugerindo que eles sigam em frente para tentar relembrar. Ao chegar na Tokyo Tower, temos um flashback mostrando uma guerra entre anjos e demônios, intitulada Armagedom, que durou 18 anos (informação importante, mais na sessão de teorias), Lúcifer declararia que matou Deus, deixando a vitória para o lado do caos, com Lúcifer usando o Conhecimento de Deus para transcender a um plano superior de existência. No entanto, a Glória Shekinah* de Deus remodelou o mundo de volta à sua forma original, como se nada tivesse acontecido, mas essa realidade é apenas uma ilusão, e a desolada Tóquio ainda está ativa nos bastidores.


No mundo normal, onde o público ignora a verdade, vários incidentes de assassinato causados ​​por figuras misteriosas começam a florescer em Tokyo, deixando a cidade num estado de alerta e inquietação. Uma força global chamada Bethel*, ciente da verdade, que também participou na guerra, trabalhou em segredo para proteger esse mundo contra os demónios. A filial do Japão, em particular, perdeu a maior parte da sua força de combate no Armagedom.


Ao explorar Da'at, o protagonista encontra outros estudantes que também estão presos naquela realidade, sendo: Yuzuru Atsuta, um aluno honorário da escola do protagonista, Jouin High School, que também trabalhou com Bethel, bem como Ichiro Dazai, um estudante comum, mas que não tem confiança em si mesmo e não sabe o que é certo ou errado.


Depois de retornar ao seu mundo, o primeiro-ministro do Japão e chefe do Bethel-Japão Hayao Koshimizu oferece ao protagonista a oportunidade de trabalhar para eles, Ichiro, se oferece para ajudar na proteção de Tokyo.


Faltou apresentar alguns personagens, então vou passar por eles de maneira rápida:


Tao Isonokami - uma das colegas de escola do protagonista, tem conhecimento da existência de demônios e desde a juventude trabalha com a Bethel, ela também é chamada de Santa;


Miyazu Atsuta - Irmã mais nova de Yuzuru e único parente, ela é tímida e fraca;


Sahori Itsukishima - Uma estudante da Jouin High School que é capturado por um certo demônio enquanto a escola está sendo invadida;


Amanozako - Um demônio alegre e enérgico que muitas vezes acompanha o protagonista, claramente inspirada na Pixie em Nocturne;


Shohei Yakumo - Um homem misterioso determinado a matar demônios, seu designer lembra um pouco o Raidou Kuzunoha;


Nuwa - Um demônio misterioso aliado de Shohei, ela diz que está ao lado dele desde que ele era jovem;


Abdiel – O arcanjo que lidera as forças de Bethel.


Não da mais para se aprofundar no enredo sem dar algum spoiler, mas dá para dizer que gostei, apesar de ser muito corrido em algumas partes e não fazer nada com alguns desses personagens citados acima. (Mais na parte de spoilers)

Parte II: Gameplay e outros aspectos:

O jogo é um mundo semiaberto, passamos por vários locais de Tokyo e eventualmente retornamos para alguns pontos, seja para seguir a historia, seja para fazer secundarias. Falando em secundarias, o jogos possui varias, a maioria é simples (derrotar tal inimigo, pegar ou encontrar algum item), mesmo sendo repetitivas a maioria tem ótimas recompensas, algumas estão ligadas ao final considerado verdadeiro.


Os inimigos são visíveis o tempo todo, não tem encontros aleatório e é possível só correr, uma coisa legal é que tem inimigos que simplesmente aparecem do nada, colocando o jogador em uma batalha, como se fosse um encontro aleatório mesmo, as mecânicas para começar uma batalha são as mesma usadas no SMTIV, se você ataca/encostar no inimigo ganha o primeiro turno, se o inimigo te atacar/encostar ele ganha o primeiro turno.


O recrutamento funciona como em outros smt, devemos responder os questionamentos do inimigos e se alinhar a eles, pediram dinheiro, vida, mana, itens no geral


Uma coisa que senti muita falta foi as dungeons, infelizmente elas estão em falta aqui, passamos praticamente o jogo todo na área urbana, com exceção de duas ocasiões obrigatória e elas são muito tranquilas. Em Nocturne, tínhamos varias e sua dificuldade sendo gradual, da para destacar a primeira Shinjuku hospital ela é fácil, mas não é imposivel de ficar perdido e andar um pouco em círculos até encontrar o caminho para o boss, lá pro final temos a Tower of kagutsuchi, que é complexa e o difícil é não ficar perdido, isso para não falar do Labirinto de Amala, que tem uma Kalpa em que as saídas mudam de acordo com fase da kagutsuchi (equivalente a fases da lua) é uma dungeon inteiramente opcional, mas ainda sim é muito boa.

O combate é o Press Turn, já expliquei ele no texto de Nocturne, mas vou comentar rapidamente: Temos quatro turnos, para cada acerto critico ou fraqueza ganhamos mais um turno, podendo acumular no máximo 8 turnos por vezes, quando erramos, acertamos um inimigo com seu elemento ou quando ele desvia, perdemos turnos, tudo isso a valido para os inimigos também. Acredito que esse seja o melhor tipo de combate para um rpg de turno, pelo menos é o meu favorito, muito satisfatório e desafiador na medida certa.


O Nahobino e alguns demônios possuem algumas habilidades com uma animação unica e são muito bem feitas


Quanta a dificuldade, o jogo é desafiador em praticamente todas as dificuldades (tirando a Safety), mesmo no Casual o jogo apresenta dificuldade e é quase certeza que você vai sofrer nos bosses e vai ter que montar uma estratégias para passar do inimigos, não tanto quanto o Normal ou Hard, mas ainda vai ter que gastar a cabeça, principalmente no endgame ou nos bosses de dlc. Tenho que tecer elogios para o modo casual do jogo, não foi só "diminuir" a dificuldade, os produtores realmente trabalharam no modo e ela se encaixa perfeitamente para quem é novo na franquia, aliviando o jogo, mas sem passar a mão na cabeça no jogador, já o modo Safety é só um modo onde obrigatoriamente você vai vencer, sem mistério.


As negociações estão presentes no jogo, funcionando como nos outros jogos devemos responder as perguntas de acordo com alinhamento do demônio, esse pode solicitar: dinheiro, itens, parte do hp ou mp, lembrando que as fazes da lua interferem nisso.


É possível montar Builds, como em Nocturne e no IV, particularmente gosto muito de fazer builds de forças em SMT, mas as outras são bem uteis também e são bem variáveis, uma inovação que foi muito bem feita é a de essenciais, pode ser adquirida explorando, recompensas de quest ou doada por algum demônio aliado, basicamente ganhamos as habilidades e status dos demônios, podemos colocar esses status/skills no Nahobino, o que da uma variada na gameplay e ajuda muito na hora de enfrentar os bosses, é possível usar essas essências em nos demônios aliados também, porém não é possível alterar os status. Durante a exploração também encontramos as essências do Aogami, dando skills únicas ao Nahobino, elas possuem uma animações próprias e são muito bem feitas.


Masayuki Doi, assume o papel de artista, trabalha com a Atlus desde Persona 2, possui um estilo artístico muito bonito, trazendo um ar mais de anime para o jogo ao tempo que respeita os demônios consolidados com o estilo do querido Kazuma Kaneko (que saudades desse homem), alguns demônios ganharam um novo designer e no geral ficaram ótimos, um que vale comentar é o caso da Artemis:


Sua primeira aparição foi na versão de SNES de Megami Tensei e ela era assim:


Sim, muito suspeito e estranho, mas existe um motivo para ela aparecer assim, acontece que atualmente a deusa é mais lembrada por ser virgem e também por a deusa que representa a caça e a lua (muito vinculada a magia também) mas em algumas regiões ela também era venerada como uma deusa de parto e de fertilidade, isso porque em alguns mito é dito que ela ajudou sua mãe no parto de seu irmão, então esses vários seio são uma representação de fertilidade, essa versão de megami tensei é inspirada na Artemis de Éfeso (ou a senhora de Éfeso) que possivelmente possuía estatuas no templo de Artemis








Artemis foi passando por mudanças durante a franquia sendo:


Essa versão do SMT NINE, ainda lembrando a primeira versão.

























A versão da Persona 2, persona da nossa querida Maya



























A versão do SMT V, na minha opinião a melhor, claramente inspirada em Cavaleiros do Zodíaco, tendo um ataque que lembra muito os meteoros de pegasus. (Sou muito fã de Saint Seiya)


















O Designer do Odin é o mesmo do IV, que é otimo por sinal;


Lúcifer voltou a ter o visual clássico depois da tragédia que foi ele no IV.


Por fim, mas não menos importante, a trilha sonora

Ryota Kozuka e Toshiki Konishi, assumiram o dever de compor as musicas do jogo e foram ótimos no trabalho, ambos são experientes na Atlus tendo trabalhados em vários jogos, a minha musica favorita é a de encerramento e vou gastar um tempinho colocando algumas trilhas na minha playlist principal, mas nem tudo são flores, na minha opinião faltou ter trilhas marcantes, coisa que o Meguro faz de maneira genial, por exemplo no Nocturne temos o tema do Yosuga (razão da Chiaki) por mais que ela represente um mundo de elitismo e sobrevivência do mais forte, a sua trilha é calma e traz uma sensação de conforto e paz, combinando perfeitamente com a Chiaki.


(Eu amo essa).


No geral é isso, não é ruim, na verdade é ótima, mas não tão marcante.


A dublagem americana e japonesa são ótimas, recomendo jogar uma vez com cada, um destaque vai para o dublador americano do Nahobino (Casey Mongillo) que além de ter feito um otimo trabalho, ainda é muito gente boa.


Para encerrar, o jogo possui algumas dlc: Mephisto, Cleópatra, Artemis e Demi-fiend, todas são bosses que quando derrotados são liberados para entrar na party, menos o Demi-fiend, considero esse conteúdo pago bem satisfatório, sendo a bossfight do Demi-fiend muito difícil, exigindo uma estratégia com habilidades e demônios certos, ele vai exigir até nas dificuldades mais fáceis exige.


Pensei em abordar o enredo completo com spoilers, mas acredito que seja melhor que cada um tenha a sua própria experiência com o game, além disso, o texto já esta muito atrasado, deveria ter saido em 2023, mas por conta de procrastinação e de alguns imprevistos mesmo acabou ficando para o inicio de 2024, de qualquer maneira, estou aberto a discussão sobre o enredo. Agradeço muito quem leu até aqui e desejo um feliz 2024 a todos!








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